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Os tênis com placa de carbono mudaram a corrida de rua para sempre. Desde que surgiram, eles geraram debates, quebraram recordes e elevaram o padrão de performance de atletas profissionais e amadores. Mas você sabe como essa revolução começou?
Neste artigo, vamos explorar a origem, evolução e impacto dos supertênis com placa de carbono — e por que eles continuam sendo objeto de desejo de tantos corredores.
A corrida de rua sempre foi um terreno fértil para inovações tecnológicas. Mas foi por volta de 2016 que o mundo começou a ouvir falar de uma tecnologia capaz de mudar completamente a forma de correr: a placa de carbono inserida na entressola do tênis.
A proposta era clara: devolver mais energia a cada passada, promover uma transição mais rápida e reduzir o esforço muscular — resultando em menos fadiga e melhor desempenho ao longo de provas longas, como meia maratona e maratona.
A grande virada aconteceu com a Nike e o lançamento do tênis Vaporfly 4%, em 2017. Ele foi desenvolvido como parte do ambicioso projeto Breaking2, que buscava quebrar a barreira das 2 horas na maratona. A estrela do projeto? Eliud Kipchoge.
O Vaporfly trazia uma estrutura inovadora:
A promessa do modelo era clara: melhorar em até 4% a economia de corrida em relação aos tênis tradicionais. E os resultados apareceram rapidamente: Kipchoge venceu a Maratona de Berlim de 2018 e, em 2019, com um modelo ainda mais avançado (o Alphafly), correu 42 km em 1h59min40s no desafio Ineos — ainda que o tempo não tenha sido homologado como recorde mundial oficial.
O sucesso do Vaporfly despertou a atenção de outras marcas. Em poucos anos, quase todas as grandes fabricantes desenvolveram seus próprios modelos com placa de carbono:
A tecnologia se espalhou e começou a aparecer não só nos pés de atletas de elite, mas também nos amadores, que relataram ganhos reais de performance — mesmo em ritmos mais lentos.
A placa de carbono é uma estrutura rígida e curvada que fica embutida na entressola do tênis, entre camadas de espuma. Quando o corredor aterrissa, a espuma comprime e a placa entra em ação: ela armazena e devolve energia, como uma mola, promovendo impulso para frente.
Além disso, a rigidez da placa proporciona estabilidade na transição da passada, especialmente em ritmos mais altos. Em resumo: menos gasto muscular, mais eficiência biomecânica.
Com tantos recordes sendo quebrados após 2019 — e com o domínio da Nike — houve quem questionasse se a tecnologia representava uma forma de “doping mecânico”. A World Athletics, entidade máxima do atletismo, decidiu intervir.
As regras estabelecidas desde então são:
Essas medidas tentaram equilibrar a tecnologia com a ética esportiva. Ainda assim, o salto de performance já estava consolidado.
O mercado brasileiro acompanhou a tendência. Marcas como Olympikus e Mizuno lançaram seus modelos para competir com gigantes internacionais. O destaque recente é o Olympikus Corre Supra 2, que utiliza placa de carbono com grafeno, um material ultrarresistente, combinado à entressola com nitrogênio — tudo desenvolvido nacionalmente.
Hoje, atletas amadores podem encontrar tênis com placa de carbono por preços entre R$ 600 e R$ 2.500, dependendo da marca, modelo e lançamento.
Apesar da fama, nem todo corredor se beneficia da tecnologia da mesma forma. O impacto costuma ser maior para:
Além disso, o uso frequente pode exigir cuidado: a rigidez da placa pode aumentar o risco de lesões em corredores que não têm bom fortalecimento ou técnica apurada.
Os tênis com placa de carbono representam um dos maiores avanços da história da corrida de rua. Eles quebraram paradigmas, encurtaram tempos e mostraram que a tecnologia pode andar lado a lado com o esforço humano — sem roubar a alma do esporte.
Hoje, mais do que uma moda, os “super shoes” se consolidaram como ferramentas de performance. E, com a democratização do acesso e o avanço das versões híbridas para treinos e provas curtas, a tendência é que mais corredores experimentem os benefícios da placa.
Fique ligado aqui no blog e nas nossas redes sociais. A revolução dos tênis continua. E você pode ser parte dela, com um novo par nos pés e novos recordes à vista.
Bora correr?